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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cartas Chilenas


O nome Cartas Chilenas deve-se ao artifício usado para situar os acontecimentos no Chile. O poema foi dividido em treze cartas feitas pelo Critilo a seu amigo Doroteu ; das cartas 7ª e 13 ª só ficaram fragmentos. 

 Cunha Meneses foi satirizado sob o pseudônimo Fanfarrão Minésio, e Joaquim Silvério dos Reis, que viria a delatar os inconfidentes, aparece como Silverino; todos os personagens reais, já devidamente identificados pelos estudiosos, aparecem com pseudônimos.
 As cartas começaram com a narrativa da chegada de Cunha Meneses, a Vila Rica, isto é, do Fanfarrão Minésio ao Chile. Surgem os retratos caricaturas do governador e de seus cúmplices mais chegadas. Ainda conta-se a posse do Fanfarrão e sua atitude prepotente, humilhando, as outras autoridades.
Aqui temos um trecho na qual achamos muito interessante!
Vale a pena conferir!

"Amigo Doroteu, prezado amigo,
Abre os olhos, boceja, estende os braços
E limpa das pestanas carregadas
o pegajoso humor, o sono ajunta.
Critilo, o teu critilo é quem te chama;
Ergue a cabeça da engomada fronha,
Acorda, se ouvir queres causas raras."

 Na segunda carta, os atos do governador são apresentados como demagógicos, caprichosos e arbitrários, tomando decisões que deviam caber à justiça. A partir de terceira carta, surgem em episódios atos de desmando desprezo e humilhação às outras autoridades e aos ilustres da terra.
 A restrição mais freqüente feita às Cartas refere-se a suas desigualdades de estilo aos excessos de alusões circunstanciais ou indignações panfletárias. Tais restrições têm contribuindo para a subestimação da sátira; no entanto, bem vistas as coisas são argumentos insustentáveis quando se compara esse pretenso rigor à tolerância com que são aceitas tantas insignificâncias sentimentais do Romantismo brasileiro.
 Escritas às vésperas da rebelião da Inconfidência as Cartas Chilenas são narrativa crítica de um período importante da sociedade colonial.

 A terceira Carta contam as injustiças e violências que Fanfarrão executou por causa de uma cadeia, a que deu principio.
" Agora, Doroteu, ninguém passeia,
todos em casa estão, e todos buscam
divertir a tristeza que nos peitos
infunde a tarde, mais que a noite feia."
Para o pessoal que se interessa pelo nosso resumo, fizemos uma descrição de cada personagem presente!

PERSONAGENS:
Doutor: O narrador é o protagonista. Só sabemos que é um "Doutor" por intermédio da fala de José Malvino, logo no início da narrativa: "( Se o senhor doutor está achando alguma boniteza..."), fora isso, nem mesmo seu nome é mencionado.

Santana: Inspetor escolar intinerante. Bonachão e culto. Tem memória prodigiosa. É um tipo de servidor público facilmente encontrável.

José Malvino: Roceiro que acompanha o protagonista na viagem para a fazendo do Tio Emílio. Conhece os caminhos e sabe interpretar os sinais que neles encontra. Atencioso, desconfiado, prestativo e supersticioso.

Tio Emílio: Fazendeiro e chefe político, para ele é uma forma de afirmação pessoal. É a satisfação de vencer o jogo para tripudiar sobre o adversário.

Maria Irma: Prima do protagonista e primeiro objeto de seu amor. É inteligente, determinada.. Elabora um plano de ação e não se afasta dele até atingir seus objetivos. Não abre seu coração para ninguém, mas sabe e faz o que quer.

Bento Porfírio: Empregado da fazendo de Tio Emílio. É companheiro de pescaria do protagonista e termina assassinado pelo marido da mulher com quem mantinha um romance.


Galera, esperamos que esse resumo possam tanto auxiliar vocês, como também possam fazer vocês se interessarem mais por essa linguagem tão rica e tão difundida, que é a nossa Língua Portuguesa!



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