Contador de Visitas (:

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Islamismo e suas principais infuências

O Islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único Deus; é fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maomé. Nascido em Meca, no ano 570, Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita. Conforme a tradição, o arcanjo Gabriel revelou-lhe a existência de um Deus único.


A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a Deus. Atualmente, é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países.
Se no Cristianismo o verbo se faz carne, pode-se dizer que no Islamismo o verbo se fez livro, porque o Islamismo repousa num só livro: o Corão, que é a “palavra de Deus”. Este livro consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre os seres humanos.
O Corão (que significa recitação) é revelado a Maomé pelo arcanjo e redigido ao longo de cerca de 20 anos de sua pregação. É fixado no século VII sob o califado de Uthman ibn Affan. São 6.226 versos em 114 suras (capítulos).
Traz o mistério do Deus-Uno e a história de suas revelações de Adão a Maomé, passando por Abraão, Moisés e Jesus, e também as prescrições culturais, sociais, jurídicas, estéticas e morais que dirigem a vida individual e social dos muçulmanos.

Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos:
- Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;
- Realizar cinco orações diárias comunitárias (sãlat);
- Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
- Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);
- Ir em peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj).
Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu ramificações, ocorrendo divisão em diversas vertentes com características distintas. As vertentes do Islamismo que possuem maior quantidade de seguidores são a dos sunitas (maioria) e a dos xiitas. Xiita significa “partidário de Ali” – Ali Abu Talib, califa (soberano muçulmano) que se casou com Fátima, filha de Maomé, e acabou assassinado. Os sunitas defenderam o califado de Abu Bakr, um dos primeiros convertidos ao Islã e discípulo de Maomé. As principais características são:

Sunitas – defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Além do Alcorão, os sunitas utilizam como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de Maomé.

Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.

Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus, a crença nas revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do Julgamento.

Além dos sunitas e xiitas, existem outras divisões do islamismo, entre eles os zeiitas, hanafitas, malequitas, chafeitas, bahais, drusos e hambaditas. Algumas destas linhas surgem no início do Islã e outras são mais recentes. Todos esses grupos aceitam Alá como deus único, reconhecem Maomé como fundador do Islamismo e aceitam o Corão como livro sagrado. As diferenças estão na aceitação ou não da Suna como texto sagrado e no grau de observância das regras do Corão.

No Brasil, o Islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos trazidos ao país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o território brasileiro, contribuindo para a expansão da religião. A primeira mesquita islâmica no Brasil foi fundada em 1929, em São Paulo. Atualmente existem aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.
Ser árabe não pode ser confundido com ser muçulmano. O Islamismo surgiu entre os árabes, mas, hoje, eles são apenas cerca de 20% do total de muçulmanos no mundo.
Existem mais de 100 milhões de muçulmanos na Índia (embora a maioria da população daquele país seja Hinduísta), mais de 50 milhões na China e mais de 2 milhões nos Estados Unidos, por exemplo.

O Islamismo e a Matemática


A civilização islâmica desempenhou um importante papel na história da matemática não só por ter preservado a sabedoria antiga, mas também por a ter desenvolvido. O seu papel foi inovador na álgebra (o nome desta disciplina deriva do árabe al-jabr), graças ao uso da numeração árabe e do zero, bem como na combinatória e trigonometria. A matemática foi usada pelos sábios islâmicos com o objetivo religioso, como a elaboração do calendário e o cálculo da qibla, ou seja, da orientação da cidade sagrada de Meca no sentido da qual se devem realizar as orações.
Uma grande contribuição da matemática árabe foi os algarismos indo-arábicos que são os algarismos que usamos hoje: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,0.
Outra área em que os cientistas do mundo islâmico se destacaram foi na trigonometria (estudo e cálculo com ângulos e triângulos no plano e na esfera). As aplicações em vista eram várias, principalmente no domínio da astronomia, da geografia e da cartografia. Ainda contribuiram na área da Matemática, referências a estudos pioneiros sobre criptografia, a ciência das comunicações seguras. Parte integrante da tradição científica islâmica no período em causa são as centenas de instrumentos, astronómicos e outros, que ainda hoje se conservam. Para além da sua sofisticação científica e técnica, muitos destes instrumentos, como esferas, relógios de sol e astrolábios, são verdadeiras obras de arte.


Nenhum comentário:

Postar um comentário